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Sem psiquiatras interessados, Prefeitura de Mogi procura organização social para administrar Caps AD Prefeitura optou pelo modelo depois que concursos para psiquiatra não tiveram candidatos. Por Gladys Peixoto, G1 Mogi das Cruzes e Suzano 24/10/2017 09h43 Atualizado há 3 horas A Prefeitura de Mogi das Cruzes está enviando para organizações sociais uma solicitação de orçamento para a administração da unidade do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD). O modelo de administração da unidade foi escolhido depois que cinco concursos públicos para contratação de psiquiatras foram encerrados sem candidatos. “Precisamos de uma organização com profissionais especializados em atender essa demanda do Caps. Vamos esperar esses orçamentos para depois discutir os valores com o prefeito”, explicou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Cusatis. A unidade já está pronta e vai funcionar no mesmo terreno onde era a antiga casa da criança, na Avenida Valentina de Melo Freire Borenstein, no Distrito de Brás Cubas. Inicialmente a previsão de entrega era 2014, mas a construção começou apenas em dezembro de 2015. Na mesma área também funcionará a Unidade de Acolhimento Adulto (UAA). Segundo o secretário, as unidades estão em fase de instalação de mobiliário. Outra questão em relação ao Caps AD é a mudança no período de funcionamento. Antes previsto para funcionar 24 horas, agora deverá atender por 12 horas. O custo de manutenção do equipamento é o fator principal, alegado pelo secretário para a mudança. “Quando iniciamos o planejamento para trazer esse Caps AD para Mogi pela demanda do município, o modelo do Ministério da Saúde estipulou para a cidade atendimento de 12 horas. Mas depois o governo federal lançou o programa sobre o crack e mudou isso para 24 horas. O custo desse período de atendimento é em torno de R$ 400 mil a R$ 500 mil e, com a queda da arrecadação, a Prefeitura não tem como arcar com isso. Outro ponto é que de 70% a 80% da procura é durante o dia e início da noite”, justificou Cusatis. Ele completou que o custo da unidade será pago 100% pela Prefeitura. Já o da unidade de acolhimento também será bancado pela Prefeitura e uma parte pelo governo federal. Pelas contas do secretário, nos três primeiros meses, com portas abertas 12 horas por dia o Caps AD deve ter uma média de 700 mil atendimentos por mês. O secretário já esteve com a Coordenadoria Nacional de Saúde Mental, que sinalizou positivamente para a proposta de funcionamento do Caps AD por 12 horas. Atividades De acordo com Cusatis o atendimento aos dependentes químicos será feito em rede. Cada equipamento tratará os pacientes de acordo com o seu estado. “Quando o dependente estiver em surto, agressivo, o caso é para os hospitais de retaguarda como o Luzia de Pinho Melo e o Doutor Arnaldo. Assim que ele estabilizar pode ser enviado ao Caps.” Ele completou que o Caps deve ter no mínimo um psiquiatra, um clínico geral, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, farmacêutico e funcionários administrativos. “Ele é a entrada do paciente dependente químico em vários casos. É preciso entender o caso dele porque normalmente é um paciente que não tem só a doença da dependência, mas outros tipos como a depressão. O usuário de crack geralmente perde o vínculo familiar. Por isso, trabalharemos para reativar esse vínculo.” Já a Unidade de Acolhimento vai atender o paciente encaminhado pelo Caps AD. Com uma equipe multidisciplinar de terapia. “É nessa etapa que vamos tentar reinserir o dependente na sociedade com trabalho, estudo e reativando os vínculos familiares daqueles que perderam os laços com a família por causa do vício”, finalizou Cusatis.
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