Prefeitura de Mogi das Cruzes deve implantar Patrulha Maria da Penha até o final do ano Guardas Municipais começaram capacitação nesta semana. Ação atende 100 agentes. Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano 19/10/2017 07h09 Atualizado há 6 horas A Prefeitura de Mogi das Cruzes estima que até o final deste ano a Patrulha Maria da Penha esteja funcionando na cidade. O objetivo é proteger mulheres vítimas da violência. Os guardas acompanham aquelas que têm medida protetiva concedida pela Justiça, que determina a distância mínima que deve ser mantida pelo agressor. Nesta semana começou o curso de capacitação para os guardas municipais sobre a Lei Maria da Penha. A ação atenderá 100 agentes. Os recursos financeiros destinados à capacitação da Guarda Municipal para atuar na Ronda Maria da Penha são provenientes do Governo Federal. No fim da capacitação, a Secretaria Municipal de Segurança e o Poder Judiciário farão uma análise da demanda de casos a serem acompanhados e definirão o número de viaturas e de profissionais que serão disponibilizados para o trabalho. Um estudo recentemente divulgado pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) mostra que foram registradas 10.115 ocorrências de violência doméstica contra mulheres, entre os anos de 2013 e 2015. A pesquisa foi realizada pelas alunas de Direito Josimeire Souza e Bruna Lima e concluída ao final do ano passado. Em maio, uma professora de 53 anos foi morta a tiros pelo ex-marido em Mogi das Cruzes. Ela tinha uma medida protetiva. Com o documento expedido pela Justiça, seu ex-marido precisaria respeitar uma distância mínima de aproximação e também não poderia manter contato. Depois de matar Terezinha Cristina Gentil dos Santos, o ex-marido trocou tiros com a polícia e acabou morto. “A Patrulha Maria da Penha será um serviço importante que a Guarda Municipal prestará à população de Mogi das Cruzes, a exemplo do que já acontece com a Ronda Escolar e as ações de patrulhamento. Para isso, os profissionais estão sendo devidamente capacitados, uma vez que este trabalho de prevenção e combate à violência contra a mulher tem diversas peculiaridades”, lembrou o secretário municipal de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales. Em Suzano, a Patrulha Maria da Penha existe há três anos e já efetuou 23 prisões por desobediência ao cumprimento de medidas protetivas. Outra cidade que conta com o serviço é Itaquaquecetuba.